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#travel #peru

     playing Mercedes Sosa

Brilhavam os últimos raios de sol daquela tarde de verão em Janeiro de 2010 enquanto o céu se fechava e via se que em breve chegaria a chuva. Só não sabíamos com quanta intensidade. Os momentos que precederam aquele fim de tarde no Parque de Machu Picchu foram de #CONTEMPLAÇÃO  à uma paisagem que já era conhecida por fotos, vídeos e relatos, mas nunca antes vista com os próprios olhos, e sem dúvida a presença faz a diferença no sentir. A energia que lá está não está em nenhum outro lugar, uma terra de culturas milenares onde o homem ergueu seus templos com tecnologia engenhosa e majestral em uma época em que não existiam guindastes mecânicos e a força e energia para erguer pedras advinha da força do Povo Inca e de PACHAMAMA

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Meses antes de viajar ao Peru me preparei para caminhar na altitude tomando maior consciência corporal e tentando ampliar a minha capacidade respiratória através de corridas em locais íngremes e ao mesmo tempo despertar meus olhos para o que iria ver, mesmo sabendo que o que iria ver seria completamente surpreendente. No dia em que caminhamos os cerca de 5 Km da cidade de Águas Calientes até a entrada do parque a sensação física foi confortável e gozava a cada passo da subida íngreme, para o meu companheiro de viajem os mesmos passos eram uma superação maior e mais gloriosa devido a sua condição respiratória e hoje reflito que a sua evolução naquele momento foi imensa.

 

Um pais de contrastes, cores e sabores ainda muito ligado a cultura indígena de tradição milenar. Sua patrimônio histórico fora lapidado muito antes do europeu pisar naquelas terras e até hoje predomina em tudo que tem real valor e atrai milhares de turistas.

 

O Peru encanta os visitantes com as cores e desenhos das roupas tecidas com pelo de llama, alpaca ou vicunha (os três camelÍdeos andinos mais conhecidos).

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Fascina com o sabor das diferentes qualidades de batata, milho, frutas e café.

 

Envolve com a dança, com a batida dos tambores e o fluir das flautas de sopro enquanto o olhar da dançarina fita os nossos olhos de forma intensa e carinhosa, carregado de sentimento. Um povo carinhoso e receptivo, alegre, #latino.

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Em duas semanas fomos a Arequipa, Cusco e Lima, viajando de avião, ônibus e caminhando muito. Dormindo em albergues e casa de amigos. Uma passagem ao Vale deL Colca que marcou pela imensidão dos canions e o voo dos Gigantes Condores, que no dia não apareceram :-)

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No retorno a casa na segunda feira em que retornava ao trabalho ouvi no rádio a noticia dos desmoronamentos que ocorreram em Águas Calientes deixando mais de duas mil pessoas isoladas naquela região por mais alguns dias. Senti as lagrimas escorrerem dos meus olhos como a chuva que caiu após os últimos raios de sol daquela quinta feira no Parque de Machu Picchu. Respirei fundo, enxuguei os olhos e agradeci a Terra Mãe por ter nos proporcionado apenas bons momentos e termos voltado sãos e salvos para relatar lindas estórias e mostrar belas fotografias...

Vale del Colca
Ollantaytambo
Cuzco
Rio Urubamba - jan 2010
Cuzco
Arequipa
Arequipa
Arequipa
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